Conflito entre Irã e Israel pode elevar preço do petróleo e pressionar inflação no Brasil
24 jun 2025
| 09:52h | NotíciasO conflito entre Irã e Israel pode pressionar o mercado internacional de petróleo e refletir diretamente nos preços da commodity no Brasil. Segundo análise do economista Gilberto Braga, ainda não há como prever a magnitude dos impactos. No entanto, uma possível escalada nos ataques entre os dois países pode elevar a inflação e impactar outros setores.Diante do cenário de aumento da tensão no Oriente Médio, Braga pontua que há instabilidade para o mundo de uma forma geral, especialmente sobre a participação pontual dos EUA e as possibilidades de retaliação e o envolvimento de outras nações.
Na última segunda (23), após o Irã atacar bases dos EUA no Catar e no Iraque, os contratos futuros de petróleo Brent – referência mundial – com vencimento em agosto, caíram 7,18%, a US$ 71,48 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE), o que ajudou os índices internacionais.
Considerando que as empresas de petróleo tendem a faturar mais com o preço mais caro do petróleo, Braga explica que, como a Petrobras é produtora no Brasil – deve ter elevação nas ações de empresas de petróleo no Ibovespa e ser beneficiada pelo aumento dos preços internacionais.
“Os custos não crescem na mesma magnitude que o preço, portanto, a lucratividade dessas empresas no Ibovespa e nos seus resultados operacionais tendem a ser maiores. Em outras palavras, o lucro operacional cresce e isso automaticamente faz com que as ações fiquem mais valorizadas na bolsa de valores”, pontua o economista Gilberto Braga.
Setor industrial
De acordo com informações do InfoMoney, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) alerta o país sobre o aumento de custos em indústrias de base e importação de equipamentos por conta do conflito no Oriente Médio.A preocupação é acentuada considerando os impactos que o fechamento do Estreito de Ormuz pode acarretar em outras cadeias de produção – por exemplo, ocasionar a redução da oferta de energia, por conta do Brasil ser importador de equipamentos. A federação também defendeu a necessidade do país ampliar a reserva.
Fonte: Brasil 61